quarta-feira, 7 de maio de 2008

Pará inaugura, em Marabá, o primeiro infocentro público do estado

É o passo inicial para implantação do NavegaPará, o maior programa de inclusão digital do Brasil, que vai levar internet de alta velocidade a mais de dois milhões de pessoas em todo o estado

Foi inaugurado hoje (7/5) o primeiro Infocentro Público do Pará. Situada em Marabá, a unidade disponibiliza à população acesso à internet de alta velocidade. No infocentro, os usuários poderão produzir trabalhos e documentos, desenvolver estudos e pesquisas, além de ser atendidos por monitores que ministrarão cursos e oficinas. A iniciativa faz parte do programa do governo paraense, o NavegaPará, que vai levar internet de alta velocidade a mais de dois milhões de pessoas em todo o estado. Considerado o maior programa de inclusão digital do país, o NavegaPará acontece a partir de dois convênios: com a Eletronorte e com a Rede de Fibra Óptica Metrobel.
A Eletronorte tem no estado 1.800 quilômetros de cabos de fibra ótica para transmissão de energia. O convênio permite que o Governo do Pará use a fibra para integrar os municípios via internet. O projeto prevê a ação em treze municípios: Santa Maria, Pacajá, Altamira, Abaetetuba, Tailândia, Barcarena, Tucuruí, Jacundá, Marabá, Uruará, Rurópolis, Santarém e Itaituba, além de Belém, que dispõe da rede local Metrobel. Nesses municípios, o governo estadual vai construir as chamadas Cidades Digitais, que são pequenas redes para baixar o sinal da Eletronorte. O programa vai disponibilizar, em cada cidade, pelo menos dois infocentros públicos com pelo menos 20 computadores cada.
As conexões municipais vão interligar, por internet de alta velocidade, as principais instituições governamentais, como hospitais, escolas, delegacias, órgãos federais, estaduais e prefeituras (serão cerca de 500 pontos de conexão no interior e 300 pontos na região metropolitana de Belém, interligando as principais unidades administrativas).
Além dos benefícios facilmente perceptíveis como o acesso do cidadão aos equipamentos e facilidades da internet, o NavegaPará beneficia a população, de forma direta, em três áreas essenciais: educação, saúde e segurança.
Na área da educação, será possível a interligação das escolas por internet de alta velocidade, disponibilizando máquinas para pesquisas de alunos e professores; treinamento e cursos de qualificação profissional por meio de telecentros.
Na área da segurança, o NavegaPará vai possibilitar o uso de câmeras de vigilância nas cidades; a interligação por internet de alta velocidade de todas as delegacias e principais órgãos do sistema de segurança; melhoria na fiscalização das extensas divisas do Estado, a partir de um cadastro online com nomes de pessoas e placas de veículos, dificultando a ação de quadrilhas; e ampliação dos serviços de governança eletrônica (serviços públicos prestados via internet), como consultas sobre documentos e concursos públicos.
Na área da saúde, primeiro estarão interligados por internet de alta velocidade os hospitais, postos de atendimento e almoxarifados, otimizando os serviços diretos à população. Os telecentros vão viabilizar ações como conferências médicas via internet, agilidade no fornecimento de laudos, obtenção, de forma instantânea, de um segundo diagnóstico médico, além de treinamento à distância no setor para comunidades e agentes sociais de lugares de difícil acesso.

“Mais do que um projeto de inclusão digital ou de gestão, o NavegaPará é um programa de inclusão econômica e social”

Ana Júlia Carepa - Governadora

Para o setor produtivo, o NavegaPará vai disponibilizar os telecentros de negócios, que possibilitarão a empresas, sindicatos e associações de classe promoverem debates à distância, reuniões, treinamentos, cursos e seminários, além de usarem a internet como meio direto de negócios, com mostra e venda de produtos.
“Mais do que um projeto de inclusão digital ou de gestão, o NavegaPará é um programa de inclusão econômica e social”, define a governadora Ana Júlia. “E se insere no objetivo amplo de implantarmos um novo modelo de desenvolvimento no Pará, onde a circulação da informação é essencial para construirmos competitividade não apenas no setor produtivo, mas junto aos profissionais, ao cidadão. Não posso deixar o Estado se esfacelar com os municípios tão distantes da esfera de poder e de decisões administrativas”, disse ela, reafirmando sua intenção de manter a união do estado.

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